VII Congreso Latinoamericano de Sociologia Rural

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Grupo Trabajo:05
autores:Liana Brito de C. Araújo ; Susana V. Jimenez
Pais:Brasil
e-mail:lianabrito@uol.com.br
Categoria:Prof
Poster?:no
Titulo:Contradições e limites na construção de uma sociabilidade mediada por terra e trabalho coletivos: a experiência do Assentamento Rural de Santana [1]
Resumo:Liana Brito de C. Araújo [2]

Susana V. Jimenez [3]

A comunicação refere-se a uma pesquisa realizada no Assentamento Rural de Santana, o qual adotou pela primeira vez terra e trabalho coletivos como base de sua organização social e produtiva, em meados da década de 1980, no Estado do Ceará no nordeste brasileiro. Os fundamentos teórico-metodológicos que nortearam o trabalho de investigação e análise assentam-se na ontologia do ser social em Marx e Lukács. Neste sentido, concebe-se assentamento rural enquanto um complexo de complexos, que se configura como uma totalidade histórico-social construída a partir da síntese dos atos teleológicos dos sujeitos históricos numa causalidade posta pelas condições sócio-históricas. O Assentamento de Santana se objetivou a partir da causalidade posta pela crise agrária brasileira com o acirramento da violência no campo, o ocaso da ditadura militar, o movimento de redemocratização, o fortalecimento do sindicalismo rural e a prática social das Comunidades Eclesiais de Base. A sociabilidade al
i engendrada pela mediação de terra e trabalho coletivos exigiu uma estrutura de controle coletivo peculiar, ou seja, todas as decisões tomadas na esfera do trabalho e da vida cotidiana passavam pela mediação das assembléias gerais. Outro aspecto importante a ser destacado foi a opção pelo gerenciamento coletivo dos recursos disponibilizados aos assentados através da política de reforma agrária via INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), tendo os assentados rejeitado a liberação dos recursos de forma individualizada centralizando-os em uma conta única. A estrutura de assentamento com base na produção coletiva e associada e o gerenciamento igualmente coletivo da vida cotidiana foi inviabilizada, uma vez que, submetida, em última instância, à lógica do sistema de capital, não escapou a seu controle. Em primeiro lugar, a organização de uma produção coletiva exigia uma força de trabalho coletiva disposta a produzir coletivamente, com vistas à apropriação col
etiva do excedente, não deixando espaço, portanto, para a apropriação de caráter privado. Em segundo lugar, as condições objetivas das famílias eram caracterizadas por necessidades básicas materiais que exigiam, muitas vezes, do assentamento respostas imediatas, as quais eram crescentemente buscadas pela via do trabalho e à apropriação individual. Em terceiro lugar, as tentativas de comercialização do excedente da produção esbarraram em uma lógica que impossibilitava a continuidade da produção coletiva, isto é, o preço dos produtos sofria um rebaixamento nas negociações, desestimulando os assentados na defesa daquele projeto de assentamento. Desta forma, a lógica da apropriação coletiva do assentamento confrontava-se com a lógica do mercado, com a apropriação privada do excedente e a extração da mais valia. Em quarto lugar, os assentados como singularidades na universalidade da sociedade burguesa, viviam no seu cotidiano a contradição posta pela proposta coletiva associada e
a lógica individualista burguesa da possibilidade da propriedade privada. Portanto, na relação parte e todo, singular e universal, Santana estava inserido na estrutura social mais ampla e capitalista, não era uma unidade autônoma e independente, nem o poderia ser. Nesse sentido, sua continuidade foi garantida através do estabelecimento de novas relações na organização de sua produção: a produção mista, enquanto uma combinação de produção coletiva e individual.

[1] A pesquisa contou com o apoio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP (2003) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES(2004).
[2] Professora doutora do Curso de Serviço Social da Universidade Estadual do Ceará e pesquisadora do Instituto de Estudos e Pesquisas do Movimento Operário-IMO.
[3] Professora doutora do Centro de Educação da Universidade Estadual do Ceará e Coordenadora do Instituto de Estudos e Pesquisas do Movimento Operário-IMO.


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© Henrique de Barros


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